quinta-feira, 28 de novembro de 2013

"Véu da Lua"






















Querido Deus, sou uma eterna menina acorrentada pelo um sonho atroz
Peço-te Senhor, que neste natal de Jesus, me traga uma doce quimera
Afugente-me, desse corvo negro, por um instante só, eu peço à voz!
Há, se o sol azul, o anjo de mel ouvissem meus gritos, há quem me dera.

Embaixo do arco-íris há um secreto talismã, e um pedaço do paraíso!
Eu tu, e as estrelas e lembranças, de uma prece ao pequenino beija-flor
Duas almas em um só corpo, com gotas de amor, é tudo que eu preciso
Um segundo pra te amar, debaixo do Céu, com muita chuva de amor.

Impregnada em teu corpo é onde quero está, sem meus sonhos adiado
Longe de você sou um pássaro ferido, sou um anjo de asas quebradas
Sou, chuva e solidão, sou gotas de desgosto, tenho coraçãozinho quebrado
Sem você estarei num pedaço do inferno, com fome de amor, extasiada.

Que anjo tu ES? anjo de gelo anjo invisíveis, anjo do silêncio, anjo de mel?
ES o grande anjo?anjo de fogo, meu doce anjo, anjo de branco no Santuário?
Que no silêncio cego, de um sonho tosco, o vento levou, todas, gotas de fel,
E você não era o cara, te fiz prisioneiro do amor, apenas... Homem imaginário.

Minha alma gêmea, meu grande e louco amor, o vaga-lumes, do meu segredo,
Por ti enfrento o apocalipse com verbo mudo, não desvaneço me chama de tua!
Com instinto primitivo, solitária, zonza de tanto querer te amar, te amar  sem medo
Num palco de ilusões à portas fechadas o eterno espetáculo você eu o véu da lua.





(OBS) imagem do Google.       Maria Machado



 

 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

"Não Desvaneço"















Surge o destino, um passo à frente... Em apenas um arremedo
Meus adornos caem por terra, lastimoso... Sinto-me ferida!
Enfraqueci no meu silêncio cativo, do âmago do meu medo
Cair devastando à âncora que sustentava minha vida, na tua vida.

Caída por terra não desvaneço dessa busca incessante por ti!
Pelos ávidos desejos, de teus beijos em minha boca...Carmim!
Sem eles, vão-se meus sentidos, infinda meu ego, meu existir
Esvaem-se com  o Sol que leva o pouco que resta de Tu, em mim.

N'uma visão opaca distorcida avolumam-se incógnita do Sol!
Em um absoluto sigilo culmina fugaz, n'um parámo nebuloso
N'outros prados aonde raios dourados cintilam no arrebol,
Amargamente meu coração soluça... Camufla-se choroso.

Resta-me, tão pouco de ti, que está na quietude da vastidão dos Céus!
Na solidão que me abraça, nas noites insulares que ignora minha dor
No maldito tempo que esconde gradeia meu rosto por entre negros véus
Deixando-me, caída, cegamente sozinha... Tão só...  Sem ti meu amor.



Obs: Imagem do Google    Maria Machado

terça-feira, 12 de novembro de 2013

"Chuva de Amor"





















Mortalmente... Vesti-me só para você!
Felinamente me entregarei, só à ti, meu amor
Meu corpo em êxtase a ponto de me enlouquecer
Com místicos desejos, e um fogo abrasador.

Voluptuosa em chama, minha boca pede a tua
Só teu beijo toca meu espírito apaixonadamente
Trás teu corpo pra junto do meu num ápice estarei nua!
A sete chaves guardo esse amor, que é só teu, somente.

Sedenta por amor minh'alma exala tristonho rogo!
Apresse-se meu amor, meu coração por ti é desejoso
Minhas entranhas famintas ardem, faiscam em fogo!
Quero acariciar teu corpo, e senti teu cheiro gostoso.

Quero te levar ao desértico, e ficarmos emaranhados
Molhados com a chuva de amor, meu corpo grudado ao teu!
Eternizar nosso amor, desejo, presente, futuro, e passado,
E terei seu coraçãozinho... Para sempre dentro do meu.




(Obs)  Imagem do Google       Maria Machado

domingo, 3 de novembro de 2013

"Corvo Negro"






















Banhada pela aurora, com o coração lavrado em chama!
Insistentemente procurando incansável... Por ti meu amado
Insisto-me por que sinto que meu coração só ati... Ama!
Mesmo que silêncio d"alma esse coração ame-te calado.

Procurando por tua boca vulcânica com labaredas, e libido!
Cadê! O arrobo estonteante que me deixava enternecida?
Por onde andas aquele afável abraço, do anjo mais querido?
Que um dia jurou amar-me... Amar-me, por toda minha vida?

Cadê!  Teus olhos vítreo que me despiam descaradamente?
Cadê! O gazebo sem luxuria que nos aconchegava febris?
Isolado estás?Meu coração sedento chora miseravelmente!
Por ti sim, por que ES o eterno amor que sempre me fez feliz.

Meu rosto lívido, envolto ao corvo negro, vejo tudo enegrecer,
Com a alma dilacerada, uma dor latente faz-me desnorteada
Neste solo gélido lodoso com tapumes, não as vejo mas você,
Que às dorme no leito sepulcral, a espera de sua... Amada.



(Obs) Imagem do Google.                  Maria Machado