Maldito silêncio que escravizou min"alma sem ti!
Acusou-me de profanar minha árduas lembranças
Levou-me ao calabouço da mente insana da minha solidão
Segredou minhas atitudes, acorrentou minhas esperanças
Maldito foi o tempo que apagou minhas ideias meus escritos
Arrancou o único vertígio que as guardava na estantes da vida
Arruinou, atrapalhou meus passos me impedindo de sonhar
Malditos são os segundos que sem ti corroem minha alma sofrida
Malditos foram os pérfidos pensamentos que me angustiaram
Abraçada com a noite, sem piedade levaram teu corpo do meu!
Maldita foi a hora que me sonegou teu amor diante das estrelas
Maldito foi o fadário que separou meu coração do teu.
Maldita é a solidão estalada na vastidão da min"alma!
Faz-me desvanecer no primeiro Sol de cada amanhecer
Beber o cálice amargo gotas de fel que transborda da saudade
No sepulcro sombrio sinto-me morta, eternamente sem você.
(OBS) Imagem do Google Maria Machado