Não! Ainda não foi hoje, resta-me tão pouco!
O tempo me ignora com mais um sonho adiado,
Choro EU, chora a lua, companheira de infância
Soluçamos derrotadas, com meu coração desolado.
Quanto amanhã o que restará? Pobre criatura!
EU, uma partícula esvaindo desesperançada!
Duma mortal consistência, vivida, sem vidas
Simplesmente, uma embarcação naufragada.
Perdida a ilusão, sem sobrevivência, me renego
Minha solidão esvairada,permanece entontecida!
As lágrimas abrem caminho, nublam minhas vistas,
Abraço-me com a dor, que permanece adormecida.
Atinado meu coração, embevecido e estonteante!
Horas minutos e segundos se alimenta do teu amor
Que se faz tardio uma faísca se apagando, fugaz!
Que evacua no último Sol,sem amenizar minha dor.
OBS: Imagem do Google. Maria Machado