Ó tarde crepusculosa que se finda e borda o Céu de doirado!
Chispas do Sol que rabisca tua saudade na longínqua imensidão
Como brisa fria que passa avivando um grande amor unificado,
Que me levas de volta ao lugar onde sepultei meu coração.
Ouve-se, o choro da minh'alma pesarosa e lastimante!
Que me conduz a uma senda onde teu vestígio continua,
Vem com o teu perfume que exala, d'uma rosa inebriante!
Que faz lembrar-se de mim na saudade de quando fui tua.
Longínquo crepúsculo como quero esse anjo em minha vida!
Como quero tocar à felicidade e viver n'uma quimera sem sonhar!
Como quero tuas mãos fortes tocando-me... Eu enlouquecida!
Sorte Eu teria se, uma vez más pudesse em teus braços acordar.
Ó tarde por quer te calas diante desse ser que murmura de dor!
Destece esse fado que o destino escreveu impedindo-me de sonhar
N'uma álgida armadilha não há saída presa na arapuca do amor!
Elucidada e fraca apenas com um % de esperança pra te amar.
(OBS) IMAGEM DO GOOGLE: Maria Machado